Falei aqui, há dias, sobre o meu namoro à moda antiga. Hoje, as minhas ideias são outras. Lembrei-me ter ouvido alguém comentar sobre o seu namorado: que já não havia magia entre ela e ele. Ora, isso é triste e eu não pude passar sem comentar que a magia entre um homem e uma mulher se constrói todos os dias, mas é claro que isso dá trabalho e requer empenho dos dois.
Eu, muitas vezes antes do meu marido falar, já sei o que ele quer dizer, e ele também me conhece muito bem. Mas, nós “brigamos” muito no nosso primeiro ano de casamento! E por coisas sem nenhuma importância...
Eu era muito criança, (dezanove anos) e ele ainda não tinha sido “domesticado" (é claro que eu brinco com isto, porque até que não correu nada mal). Agora falando a sério, se eu voltasse atrás no tempo, faria tudo da mesma forma.
Casamos em Fevereiro, fomos de lua de mel para a Madeira (por isso eu gosto tanto daquela ilha) mas quando lá chegámos a nossa mala tinha ido para o Algarve, e isso para uma noiva casadinha de fresco foi um drama... Se fosse hoje tinha-me dado para rir, mas naquele dia deu-me para chorar, enfim... Ao fim de muitas reclamações e passados dois dias lá apareceu a mala e eu fiquei mais contente.
E aqui está mais um quadrado para a minha colcha.
Recebi este prémio. Obrigada a quem me nomeou.
Como não consegui escolher cinco amigos, ofereço esta nomeação a todos aqueles que me visitarem.
Eu devo estar mesmo a ficar velha!
Digo isto porque ultimamente dou por mim a pensar em coisas que se passaram há tanto tempo, por exemplo: Namorei o meu marido tinha só 14 anos, tão novinha! Como não tenho irmãos, foi um grande choque para os meus pais quando eles descobriram, principalmente o meu pai, que ficou muito zangado comigo. Claro que fui logo proibida de falar com o “rapaz” e naquela altura não havia telemóveis! Foi mesmo um drama... falávamos às escondidas e eu como não gosto de mentiras não me sentia nada bem assim, mas como gostava dele não tinha outra maneira de contornar a situação, lá diz o velho ditado: "Pai impertinente faz o filho desobediente".
E o tempo foi passando e nós a namorar... entretanto ele foi cumprir o serviço militar que era obrigatório, e eu fiquei por cá. Ele foi para as Caldas da Rainha, Tavira, Tancos, Abrantes, Madeira, Santa Margarida, e Angola. Foram mais ou menos 40 meses de cartas para cá, cartas para lá, quase todos os dias chegava correio para mim, e eu sempre alerta para o meu “papá” não apanhar o carteiro, era mesmo uma canseira...
Ao fim de todo esse tempo de cartas e fotos, ele voltou, e estávamos os dois mais maduros mas sempre gostando um do outro, e por isso o meu pai não teve outro remédio senão aceitar o nosso namoro.
Tínhamos muitas regras, os tempos eram outros. Penso que se fosse hoje nenhum rapaz aceitava tantas limitações, mas ou era isso ou nada e ele gostava mesmo de mim, a prova disso é uma vida em comum, já lá vão 32 anos maravilhosos.
E aqui está mais um quadrado da minha colcha.
Hoje eu estou como o tempo, chove e faz vento, não sei qual a razão mas eu acordei triste e passei assim todo o dia.
De manhã fui com o meu marido à missa e a seguir fomos almoçar um bom bacalhau ao “Dakota" - passe a publicidade - que é um restaurante que faz um bom bacalhau, mas, apesar de tentar, estive sempre um pouco triste. E é estranho porque eu não sou assim, mas também tenho os meus dias maus, e digo que é estranho porque ainda ontem estive falando com alguém que tem só uma filha e estava muito deprimida porque a filha tinha terminado os seus estudos fora da ilha e não ia voltar para cá.. Eu, como sempre, disse o que pensava, que é o seguinte: os filhos não são uma “coisa” nossa, não nos pertencem pois ninguém é de ninguém, e eu tenho dois e não tenho nenhum perto de mim, e o que realmente me importa a mim e ao meu marido é que eles estejam felizes mesmo longe de nós. Mas por vezes a saudade bate mais forte...
Ontem tive uma surpresa agradável, encontrei uma amiga aqui dos blogs, eu já lhe tinha dito que quando a visse iria falar-lhe e assim aconteceu. Foi agradável o encontro, trocamos nºs de tlm. Estávamos as duas com pressa mas um dia destes vamos combinar qualquer coisa, foi giro.
E aqui está mais um quadrado da minha colcha.