Ser poeta é ser mais alto, é ser maior Do que os homens! Morder como quem beija! É ser mendigo e dar como quem seja Rei do Reino de Áquem e de Além Dor! É ter de mil desejos o esplendor E não saber sequer que se deseja! É ter cá dentro um astro que flameja, É ter garras e asas de condor! É ter fome, é ter sede de Infinito! Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim... É condensar o mundo num só grito! E é amar-te, assim, perdidamente... É seres alma, e sangue, e vida em mim E dizê-lo cantando a toda a gente! Florbela Espanca
Gosto muito deste poema.
E este tempo que não muda! Começo a ficar cansada de tanta chuva, vento e nevoeiro...
Até parece que nos entra nos ossos e no coração.
Este selo foi oferta da amiga rodrigando
Obrigada amiga.
Para todos os que me visitam.